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Sim, eu educo.

A primeira visita de estudo do kika vem aí e ele ainda ontem era um bebé...
Irá ser por perto, mas não deixará de ser uma visita de estudo: a primeira!
Talvez não se vá lembrar dela daqui a uns anos. Mas o facto de estar pronto para ir a uma visita de estudo é, sem dúvida, agrídoce.
Se por um lado eu sei que ele está preparado e irá adorar cada segundo, porque é uma criança que precisa de estímulos contínuos e adora explorar e descobrir o Mundo.
Por outro lado, qual é mãe que não se sente com todos os receios e mais alguns ao ver a cria crescer e pertencer cada vez mais ao mundo? A ser cada vez mais do mundo? A querer cada vez mais ser do mundo? E cada vez menos da mãe?
Será para sempre o meu filho, mas será para sempre, igualmente, um cidadão do Mundo e a tendência acaba por ser "voar do ninho".
Embora lhe faltem longos (e felizes, espero) anos para iniciar de verdade o processo de ser um cidadão do Mundo, eu, como Mãe, quero ter a certeza de que lhe providencio as ferramentas necessárias para o ver brilhar.
Na verdade, como qualquer Mãe (mais uma vez), tenho no meu filho todos os sonhos do Mundo. Espero estar preparada para as escolhas dele, que tão pessoais serão, mas também espero conseguir ter nele um bocadinho de mim numa versão (quiçá) melhorada: honesto, humilde, sensível, altruísta, leal, persistente, não necessariamente por esta ordem de ideias e a faltar outras tantas ideias tão importantes.
Há quem diga que para termos adultos bem sucedidos, a educação que têm em criança é parte importante do processo. Existem n de livros que explicam como podemos educar os nossos filhos. E quando nasce um filho, nasce uma Mãe que saberá perfeitamente o que está nos livros que se adequa ou não ao filho, uma vez que ninguém conhece melhor os nossos filhos do que nós, os Pais. E com o Alexandre resulta muito bem aplicar coisas que eu não li em livros, fui vendo, sim, de forma aleatória em documentários que surgiram, em publicações que fui lendo ou em questões que tentei ver respondidas pelo Google. Mas é, sem dúvida, um "trabalho" que vem do coração.
Olho para ele e acontece magia: sei do que ele precisa, vislumbro os pensamentos que lhe ocorrem ao olhar para a bola... mesmo que não seja sempre literal, mesmo que nem sempre a minha intuição saia a ganhar (deduzo que seja normal não acontecer muito até agora, porque ainda controlo muito o ambiente dele), normalmente a Mãe é que sabe.
É um menino que assimila tudo "de primeira", ou não tivesse nele todas as emoções do Mundo e vivesse de forma intensa desde que acorda até que vai dormir para sonhar com algo! Encara a "personagem" de forma clara e inequívoca: se gosta, gosta. Se quer, quer. E o mesmo acontece ao contrário. Faço o que posso para lhe aguçar este espírito, porque realmente decisões a tomar serão sempre o prato do dia e eu gostaria (muito) de saber que ele saberá escolher, mesmo que não escolha o que eu gostaria, que escolha o que ele gostar ou simplesmente quiser. O colo da Mãe estará sempre à disposição quando não correr tão bem o dia.
Até hoje tem sido muito esta onda: ele participa de forma ativa nas escolhas, desde que adequado ao sentido de responsabilidade que ele vai tendo.
Quando sai da escola, pode escolher o que quer fazer, desde que não haja nada a precisar de ser feito antes.
Normalmente, gosta muito de ficar por casa ou na casa dos avós a brincar com o que tiver à disposição. Se estivermos só os dois, costuma ser muito pacífico. Mas quando estão os avós ou o pai a coisa muda de figura. "Tu és muito liberal", dizem. Não me considero, porque, se existe alguém a quem ele obedece na primeira reprimenda, é a mim e deduzo que não fosse assim, se eu fosse realmente liberal.
Ser liberal implica não dar a conhecer um limite, porque a liberdade associada a ser o Alexandre não encontra nenhum. Seria achar que ele partir a cabeça por subir a uma árvore com três anos, comigo a "supervisionar" e "permitir" é super normal e em nada prejudicaria a minha liberdade, portanto a dele não precisaria de acabar. Parece-me que poderia enumerar todos os pontos que mostram que isto é uma falácia, mas não é preciso. Não sou liberal, nenhuma Mãe o é de forma consciente, pelo menos.
Intitulo-me, na verdade, de "pacificadora" (vulgo amiga): sei que ele precisa de estímulos e sei que só aprende a fazer, mesmo que nem sempre corra bem. Quando assim é, lida com o único sentimento mau que ele conhece desde sempre, mas que tanto o ajuda a crescer. Sentir-se frustrado é inevitável. Irá sentir-se frustrado tantas vezes, já se sentiu outras tantas com o simples facto de querer falar e não conseguir, por exemplo! Acho que, mesmo que não a pensar nisto tudo, de forma inata todas as Mães são pacificadoras. Todas nós queremos que eles saibam que têm em nós um ombro pra chorar depois de se aleijarem, ainda que o ideal fosse não se aleijarem nunca.
Não sei o que o futuro nos reserva, conto com pedras pelo caminho, mas tenciono dar a infância mais suja e feliz ao meu filho possível, porque sei que ele precisa disso para vir a ser um adulto por quem um dia alguém irá achar que vale a pena apaixonar-se e com quem irá ter filhos, os meus netos. 


Este sorriso é sinónimo de o deixar fazer uma piscina na banheira e usar alguns brinquedos. Muitos deles não são adequados. Alguns deles estragam-se. Mas é apenas um banho. E ele adora o banho. E fica relaxado, mesmo como era suposto. E ainda pede fotografias. Se é pelos brinquedos que utiliza? Não sei. Mas também não me faz diferença vê-los na banheira, o sorriso dele não permite ver mais nada.

Esta é de hoje. Soltou o cão, sujou-se todo e já está a pedir o ritual da piscina lol Ainda se aleijou pelo meio. Mas andou ao sol com protetor solar e tratou logo a ferida, da qual nem se queixava, diga-se de passagem. 


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